Além do Setembro Amarelo: como cuidar da saúde mental todos os dias
Após cada mês de setembro, as diversas campanhas e ações de prevenção contra o suicídio chegam ao fim. Porém, cuidar da saúde mental precisa ser tarefa diária e essa lutanão pode ficar isolada em apenas um mês do ano.
A Campanha Setembro Amarelo tem o importante papel de conscientizar e promover conversas abertas sobre suicídio, a fim de que ele deixe de ser um tabu e passe a ser tratado como realmente deve: uma questão de saúde pública.
Afinal, em seus relatórios mais recentes, a OMS relatou um aumento de 17% nos casos do continente americano, entre os anos de 2000 e 2019. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Por isso, precisamos nos esforçar para que cuidar da saúde mental seja uma preocupação reforçada no ano inteiro. E, também, para que as ações que incentivam a busca pelo tratamento capacitado não acabem junto ao mês de setembro.
Quebrando tabus com o acolhimento
Primeiro, precisamos reconhecer que a desigualdade social de nosso país é um dos principais fatores de desgaste emocional e mental. Situações de crise financeira, cortes nas verbas para saúde mental e tantos outros fatores de risco também agravam o problema.
Nesse sentido, buscar ajuda em momentos difíceis acaba sendo um tabu na realidade de muitos. Torna-se comum menosprezar sinais de alerta e ficamos “envergonhados” de externar nossas dificuldades ou falar do que nos aflige.
Por isso, a Campanha Setembro Amarelo, que ocorre em nosso país desde 2015, teve o importante papel de introduzir, em larga escala, o acolhimento e a divulgação de informações que salvam vidas.
Apenas com informação e acolhimento, somos capazes de quebrar esses tabus. E, com o acompanhamento profissional e psicoeducação da população, conseguimos verdadeiramente prevenir o aumento dos casos de suicídio.
Fora isso, ao desmistificar questões desse tipo, também abrimos caminho para que mais pessoas tenham maior consciência sobre a própria saúde mental e busquem pelo autocuidado.
Cuidar da saúde mental: por onde começar?
O cuidado com o seu bem-estar mental e social começa de onde você se sentir mais confortável.
Para isso, esteja aberto a dar um passo de cada vez através de qualquer um dos pilares da boa saúde mental – e, dentre eles, podemos começar pelos mais difundidos na grande mídia: a prática de atividade física, alimentação saudável, a qualidade do sono, o bem-estar social e a psicoterapia.
Atividade física e alimentação saudável
A atividade física traz diversos benefícios comprovados para nossa saúde mental, liberando hormônios importantes para regular nossas emoções, como a endorfina e a serotonina, que promovem a sensação de bem-estar.
Junto a isso, o exercício físico também é muito efetivo no tratamento de Ansiedade e Depressão.
Já no âmbito da alimentação balanceada, os nutrientes que ingerimos são o combustível necessário para manter a integridade da sua saúde como um todo. Com uma alimentação predominantemente saudável, temos o melhor funcionamento das reações do nosso corpo.
Qualidade do sono
Se tem algo que pode ser evidência de que a nossa saúde mental não vai bem são as noites mal dormidas. A qualidade do sono é fundamental para regular o corpo e promover o bom funcionamento do organismo.
Infelizmente, casos de insônia costumam desregular todo o nosso dia, provocando quedas na produtividade, cansaço e prejuízos para nosso funcionamento cognitivo.
Procure estabelecer uma rotina preparatória antes de dormir, estabelecendo um horário e praticando técnicas de mindfulness e relaxamento para reduzir as preocupações do dia a dia.
Bem-estar social
Manter um contato saudável e diário com pessoas é essencial para a saúde mental.
Assim, momentos de descanso e lazer podem muito bem ser efetivos de maneira solitária, mas nada substitui o desenvolvimento pessoal fruto das trocas com outros indivíduos.
Esses momentos – de comemoração, passeios, viagens, jantares, etc. – são fundamentais para quebrar o ritmo frenético de nossas rotinas e prevenir ameaças à saúde mental, como a síndrome de burnout.
Psicoterapia
Não existe melhor aliada para a manutenção da saúde mental do que a psicoterapia. Afinal, profissionais capacitados, como psicólogos e psiquiatras, estão comprometidos com um acompanhamento responsável e criterioso.
Através das sessões, o indivíduo tem a oportunidade de aprender sobre si mesmo, sendo capaz de analisar e refletir sobre seus próprios sentimentos, ações e reações.
Além disso, mais do que um suporte, a psicoterapia é responsável por auxiliar o paciente a recuperar a agência sobre a própria vida. E, com o fortalecimento que o Autoconhecimento proporciona, promove-se também a manutenção da saúde mental.
O processo terapêutico da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC
A queda na qualidade da saúde mental acarreta outros transtornos que merecem ser tratados e acompanhados, como a Depressão e a Ansiedade. Segundo estatísticas da OMS, cerca de 90% das pessoas que cometem suicídio apresentam algum desses transtornos.
Nesse sentido, o esforço em difundir métodos para cuidar da saúde mental também é uma ação preventiva ao suicídio.
E, dentro desses métodos, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) assume um papel central, atuando em meio ao pilar das psicoterapias com avaliações especializadas e de eficácia comprovada.
Afinal, a abordagem da TCC se debruça sobre interpretações distorcidas do sujeito que causam sofrimento e os consequentes comportamentos disfuncionais.
Através do processo terapêutico, o profissional é capaz de munir seu paciente de estratégias para que este compreenda os seus pensamentos irracionais e trabalhe para reestruturá-los.
Em suma, a aliança das boas práticas citadas anteriormente com a TCC contribui para reduzir os sentimentos de desesperança, culpa e vergonha, combatendo, assim, a ideação suicida.
Logo, recomendar e procurar esse tipo de acompanhamento não pode ser algo restrito ao mês de setembro. O sentimento de acolhimento, a empatia e a conscientização de toda a comunidade precisam ser promovidos por todos.
Além do Setembro Amarelo: como cuidar da saúde mental todos os dias
Após cada mês de setembro, as diversas campanhas e ações de prevenção contra o suicídio chegam ao fim. Porém, cuidar da saúde mental precisa ser tarefa diária e essa lutanão pode ficar isolada em apenas um mês do ano.
A Campanha Setembro Amarelo tem o importante papel de conscientizar e promover conversas abertas sobre suicídio, a fim de que ele deixe de ser um tabu e passe a ser tratado como realmente deve: uma questão de saúde pública.
Afinal, em seus relatórios mais recentes, a OMS relatou um aumento de 17% nos casos do continente americano, entre os anos de 2000 e 2019. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Por isso, precisamos nos esforçar para que cuidar da saúde mental seja uma preocupação reforçada no ano inteiro. E, também, para que as ações que incentivam a busca pelo tratamento capacitado não acabem junto ao mês de setembro.
Quebrando tabus com o acolhimento
Primeiro, precisamos reconhecer que a desigualdade social de nosso país é um dos principais fatores de desgaste emocional e mental. Situações de crise financeira, cortes nas verbas para saúde mental e tantos outros fatores de risco também agravam o problema.
Nesse sentido, buscar ajuda em momentos difíceis acaba sendo um tabu na realidade de muitos. Torna-se comum menosprezar sinais de alerta e ficamos “envergonhados” de externar nossas dificuldades ou falar do que nos aflige.
Por isso, a Campanha Setembro Amarelo, que ocorre em nosso país desde 2015, teve o importante papel de introduzir, em larga escala, o acolhimento e a divulgação de informações que salvam vidas.
Apenas com informação e acolhimento, somos capazes de quebrar esses tabus. E, com o acompanhamento profissional e psicoeducação da população, conseguimos verdadeiramente prevenir o aumento dos casos de suicídio.
Fora isso, ao desmistificar questões desse tipo, também abrimos caminho para que mais pessoas tenham maior consciência sobre a própria saúde mental e busquem pelo autocuidado.
Cuidar da saúde mental: por onde começar?
O cuidado com o seu bem-estar mental e social começa de onde você se sentir mais confortável.
Para isso, esteja aberto a dar um passo de cada vez através de qualquer um dos pilares da boa saúde mental – e, dentre eles, podemos começar pelos mais difundidos na grande mídia: a prática de atividade física, alimentação saudável, a qualidade do sono, o bem-estar social e a psicoterapia.
Atividade física e alimentação saudável
A atividade física traz diversos benefícios comprovados para nossa saúde mental, liberando hormônios importantes para regular nossas emoções, como a endorfina e a serotonina, que promovem a sensação de bem-estar.
Junto a isso, o exercício físico também é muito efetivo no tratamento de Ansiedade e Depressão.
Já no âmbito da alimentação balanceada, os nutrientes que ingerimos são o combustível necessário para manter a integridade da sua saúde como um todo. Com uma alimentação predominantemente saudável, temos o melhor funcionamento das reações do nosso corpo.
Qualidade do sono
Se tem algo que pode ser evidência de que a nossa saúde mental não vai bem são as noites mal dormidas. A qualidade do sono é fundamental para regular o corpo e promover o bom funcionamento do organismo.
Infelizmente, casos de insônia costumam desregular todo o nosso dia, provocando quedas na produtividade, cansaço e prejuízos para nosso funcionamento cognitivo.
Procure estabelecer uma rotina preparatória antes de dormir, estabelecendo um horário e praticando técnicas de mindfulness e relaxamento para reduzir as preocupações do dia a dia.
Bem-estar social
Manter um contato saudável e diário com pessoas é essencial para a saúde mental.
Assim, momentos de descanso e lazer podem muito bem ser efetivos de maneira solitária, mas nada substitui o desenvolvimento pessoal fruto das trocas com outros indivíduos.
Esses momentos – de comemoração, passeios, viagens, jantares, etc. – são fundamentais para quebrar o ritmo frenético de nossas rotinas e prevenir ameaças à saúde mental, como a síndrome de burnout.
Psicoterapia
Não existe melhor aliada para a manutenção da saúde mental do que a psicoterapia. Afinal, profissionais capacitados, como psicólogos e psiquiatras, estão comprometidos com um acompanhamento responsável e criterioso.
Através das sessões, o indivíduo tem a oportunidade de aprender sobre si mesmo, sendo capaz de analisar e refletir sobre seus próprios sentimentos, ações e reações.
Além disso, mais do que um suporte, a psicoterapia é responsável por auxiliar o paciente a recuperar a agência sobre a própria vida. E, com o fortalecimento que o Autoconhecimento proporciona, promove-se também a manutenção da saúde mental.
O processo terapêutico da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC
A queda na qualidade da saúde mental acarreta outros transtornos que merecem ser tratados e acompanhados, como a Depressão e a Ansiedade. Segundo estatísticas da OMS, cerca de 90% das pessoas que cometem suicídio apresentam algum desses transtornos.
Nesse sentido, o esforço em difundir métodos para cuidar da saúde mental também é uma ação preventiva ao suicídio.
E, dentro desses métodos, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) assume um papel central, atuando em meio ao pilar das psicoterapias com avaliações especializadas e de eficácia comprovada.
Afinal, a abordagem da TCC se debruça sobre interpretações distorcidas do sujeito que causam sofrimento e os consequentes comportamentos disfuncionais.
Através do processo terapêutico, o profissional é capaz de munir seu paciente de estratégias para que este compreenda os seus pensamentos irracionais e trabalhe para reestruturá-los.
Em suma, a aliança das boas práticas citadas anteriormente com a TCC contribui para reduzir os sentimentos de desesperança, culpa e vergonha, combatendo, assim, a ideação suicida.
Logo, recomendar e procurar esse tipo de acompanhamento não pode ser algo restrito ao mês de setembro. O sentimento de acolhimento, a empatia e a conscientização de toda a comunidade precisam ser promovidos por todos.
Cuidar da saúde mental é tarefa diária.
Por Shirley Miguel
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