Liderança e saúde mental no trabalho: a linha entre autoridade e abuso
Quando falamos sobre liderança no ambiente profissional, tendemos a associar o nosso imaginário a uma figura totalmente dedicada, que supervisiona, delega tarefas e conduz a equipe rumo às metas propostas.
No fim do dia, suas cobranças são essenciais para manter empregos e coordenar os esforços de todos para que o ambiente de trabalho seja muito mais proveitoso e eficiente.
Nesse sentido, muitos procuraram pela experiência decoaches para desenvolver habilidades de liderança compatíveis com esse ideal do bom exercício de autoridade. Esse bom exercício se resume em uma autoridade que consegue influenciar outros – não no sentido manipulativo da palavra, mas sim do inspiracional.
Entretanto, um problema ainda muito comum – mas velado – da nossa sociedade é o da liderança abusiva. Profissionais em cargo de poder que desvirtuam o ideal de liderança pautado na autoridade, utilizando do poder que possuem para humilhar e terceirizar a culpa por suas falhas.
Assim, este artigo propõe uma análise contrastiva, contrapondo os benefícios de uma boa liderança com os danos que o comportamento hostil de certos supervisores pode ter sobre a saúde mental dos trabalhadores.
Ambiente profissional e saúde mental
Seja quando lembramos que a jornada tradicional de 8 horas é um terço do nosso dia ou quando descobrimos que passamos cerca de 90 mil horas trabalhando ao longo da vida, todos nós sabemos o quanto o ambiente profissional toma conta de nossas vivências.
Assim, não é por acaso que nos referimos a nossa profissão como uma “ocupação”. Ela ocupa grande parte das nossas rotinas, dos nossos pensamentos e, sim, do que constitui uma boa saúde mental.
Por isso, quando trabalhamos em um contexto social, com colegas, chefes e outros profissionais, devemos prezar pelo mínimo de civilidade e boas condições para manter uma rotina saudável de trabalho, tanto física como mental.
E grande parte dessa questão depende de uma boa liderança.
Liderança: até onde o nosso trabalho deve levar?
Nos dedicamos diariamente aos nossos ofícios, pois acreditamos que estamos contribuindo para o funcionamento da sociedade como um todo. Além disso, o nosso trabalho nos garante novos conhecimentos e as condições necessárias para uma vida plena.
Dessa forma, ao lembrarmos que liderança está diretamente relacionada ao verbo “liderar”, podemos nos questionar qual seria esse “destino final” almejado pelo líder.
Em resumo, o destino final da boa liderança é o crescimento e bem-estar de toda a sua equipe, para que todos continuem se dedicando às suas funções porque acreditam nelas.
Por outro lado, a liderança abusiva busca pelas conquistas individuais, prejudicando e depreciando outros para alcançar seus objetivos.
A boa liderança
Primeiramente, é preciso reconhecer que qualquer um que já esteve sob supervisão de um gerente, um chefe ou um líder com certeza já teceu críticas junto a colegas ou familiares.
Uma boa liderança não significa a falta de cobranças ou de conflitos no ambiente de trabalho. O bom desempenho dessa função está unicamente conectado às virtudes dos líderes, suas habilidades inspiracionais e o seu impacto positivo no funcionamento da organização de uma maneira geral.
quais os sinais?
Quando tratamos sobre liderança abusiva, estamos falando de supervisores que exibem, de maneira sistemática, comportamentos verbais ou não verbais que podem ser considerados hostis.
Alguns sinais comuns de lideranças abusivas são:
intimidação;
ameaças constantes de demissão;
invasão do espaço pessoal;
ridicularização em frente de terceiros;
distorção de fatos;
culpa outros para salvar a si mesmo;
delega tarefas que são de sua responsabilidade.
Um outro assunto que tratamos recentemente aqui no blog, o de Síndrome de Burnout, também é algo diretamente relacionado com as condições de trabalho e pode ser consequência de abusos sofridos no ambiente profissional.
Nesse sentido, assim como o Burnout, a liderança abusiva influencia nossa saúde mental de diversas formas. Podemos esperar maiores níveis de estresse, casos de depressão, exaustão emocional e de autodepreciação devido aos abalos provocados na autoimagem.
Qual o papel da TCC em uma situação de liderança abusiva?
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem como objetivo principal fornecer a seus pacientes uma experiência de vida mais plena e dotada de significado.
Assim, é compreensível que questões da vida profissional sejam constantemente discutidas nas sessões de contexto clínico. Insatisfações com o trabalho, conflitos pontuais e inseguranças são tópicos comuns e podem ser facilmente englobadas nas práticas da TCC.
Agora, quando tratamos sobre liderança abusiva, além de lidar com os problemas de autoimagem e os danos que o abuso pode causar, a TCC também tem como papel o fortalecimento do indivíduo para que este seja capaz de nomear os abusos que sofreu.
Assim como qualquer abuso, muitos pacientes percebem uma piora na qualidade de vida, mas não ligam ao fato de que o que elas sofrem no ambiente de trabalho não é normal ou aceitável.
Por fim, é papel do terapeuta transmitir ao paciente que sua saúde mental vem em primeiro lugar e que a busca por ajuda. Seja através do RH ou pela união com outros colegas de trabalho, não só é válida como fundamental.
Liderança e saúde mental no trabalho: a linha entre autoridade e abuso
Quando falamos sobre liderança no ambiente profissional, tendemos a associar o nosso imaginário a uma figura totalmente dedicada, que supervisiona, delega tarefas e conduz a equipe rumo às metas propostas.
No fim do dia, suas cobranças são essenciais para manter empregos e coordenar os esforços de todos para que o ambiente de trabalho seja muito mais proveitoso e eficiente.
Nesse sentido, muitos procuraram pela experiência decoaches para desenvolver habilidades de liderança compatíveis com esse ideal do bom exercício de autoridade. Esse bom exercício se resume em uma autoridade que consegue influenciar outros – não no sentido manipulativo da palavra, mas sim do inspiracional.
Entretanto, um problema ainda muito comum – mas velado – da nossa sociedade é o da liderança abusiva. Profissionais em cargo de poder que desvirtuam o ideal de liderança pautado na autoridade, utilizando do poder que possuem para humilhar e terceirizar a culpa por suas falhas.
Assim, este artigo propõe uma análise contrastiva, contrapondo os benefícios de uma boa liderança com os danos que o comportamento hostil de certos supervisores pode ter sobre a saúde mental dos trabalhadores.
Ambiente profissional e saúde mental
Seja quando lembramos que a jornada tradicional de 8 horas é um terço do nosso dia ou quando descobrimos que passamos cerca de 90 mil horas trabalhando ao longo da vida, todos nós sabemos o quanto o ambiente profissional toma conta de nossas vivências.
Assim, não é por acaso que nos referimos a nossa profissão como uma “ocupação”. Ela ocupa grande parte das nossas rotinas, dos nossos pensamentos e, sim, do que constitui uma boa saúde mental.
Por isso, quando trabalhamos em um contexto social, com colegas, chefes e outros profissionais, devemos prezar pelo mínimo de civilidade e boas condições para manter uma rotina saudável de trabalho, tanto física como mental.
E grande parte dessa questão depende de uma boa liderança.
Liderança: até onde o nosso trabalho deve levar?
Nos dedicamos diariamente aos nossos ofícios, pois acreditamos que estamos contribuindo para o funcionamento da sociedade como um todo. Além disso, o nosso trabalho nos garante novos conhecimentos e as condições necessárias para uma vida plena.
Dessa forma, ao lembrarmos que liderança está diretamente relacionada ao verbo “liderar”, podemos nos questionar qual seria esse “destino final” almejado pelo líder.
Em resumo, o destino final da boa liderança é o crescimento e bem-estar de toda a sua equipe, para que todos continuem se dedicando às suas funções porque acreditam nelas.
Por outro lado, a liderança abusiva busca pelas conquistas individuais, prejudicando e depreciando outros para alcançar seus objetivos.
A boa liderança
Primeiramente, é preciso reconhecer que qualquer um que já esteve sob supervisão de um gerente, um chefe ou um líder com certeza já teceu críticas junto a colegas ou familiares.
Uma boa liderança não significa a falta de cobranças ou de conflitos no ambiente de trabalho. O bom desempenho dessa função está unicamente conectado às virtudes dos líderes, suas habilidades inspiracionais e o seu impacto positivo no funcionamento da organização de uma maneira geral.
quais os sinais?
Quando tratamos sobre liderança abusiva, estamos falando de supervisores que exibem, de maneira sistemática, comportamentos verbais ou não verbais que podem ser considerados hostis.
Alguns sinais comuns de lideranças abusivas são:
Um outro assunto que tratamos recentemente aqui no blog, o de Síndrome de Burnout, também é algo diretamente relacionado com as condições de trabalho e pode ser consequência de abusos sofridos no ambiente profissional.
Nesse sentido, assim como o Burnout, a liderança abusiva influencia nossa saúde mental de diversas formas. Podemos esperar maiores níveis de estresse, casos de depressão, exaustão emocional e de autodepreciação devido aos abalos provocados na autoimagem.
Qual o papel da TCC em uma situação de liderança abusiva?
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem como objetivo principal fornecer a seus pacientes uma experiência de vida mais plena e dotada de significado.
Assim, é compreensível que questões da vida profissional sejam constantemente discutidas nas sessões de contexto clínico. Insatisfações com o trabalho, conflitos pontuais e inseguranças são tópicos comuns e podem ser facilmente englobadas nas práticas da TCC.
Agora, quando tratamos sobre liderança abusiva, além de lidar com os problemas de autoimagem e os danos que o abuso pode causar, a TCC também tem como papel o fortalecimento do indivíduo para que este seja capaz de nomear os abusos que sofreu.
Assim como qualquer abuso, muitos pacientes percebem uma piora na qualidade de vida, mas não ligam ao fato de que o que elas sofrem no ambiente de trabalho não é normal ou aceitável.
Por fim, é papel do terapeuta transmitir ao paciente que sua saúde mental vem em primeiro lugar e que a busca por ajuda. Seja através do RH ou pela união com outros colegas de trabalho, não só é válida como fundamental.
Por Shirley Miguel
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