Ser mãe é mais do que o tipo de parto que escolhe. O meu foi cesária, com muito orgulho! Ser mãe é gerar no ventre e muito mais no coração. Ser mãe é nascer junto com o filho. É guardar nossa fome de viver quando precisamos doar tudo o que temos e somos a esse ser tão frágil e tão incrível ao mesmo tempo.

Ser mãe é mais que amamentar no peito. Só fiz no hospital, mas coloquei todo o meu amor no leite da mamadeira que tomou e no colo que dei. Agora coloco achocolatado também. Ser mãe é muito mais que ficar o dia todo com a criança. É quando estar, estar de coração e é escolher a melhor escola/babá que pode para cuidar do seu maior tesouro.

Ser mãe é muito mais que amar o filho o tempo todo, idealizando uma das fases mais difíceis de toda mulher. Ser mãe é escolher ser o melhor que pode, mesmo quando o filho está meio difícil de amar. Sim, as vezes queremos devolver, mas amamos mais nesses dias para poder continuar. Ser mãe é não saber. Não saber mesmo quando somos especialistas em crianças, em Educação, Psicologia, pois o caminho de cada mãe é único e é feito ao longo do tempo junto com o filho, não em livros ou manuais (embora ajudem muito).

Ser mãe é ensinar ao filho que temos limites, que somos humanas, que erramos, que ficamos bravas, que choramos também (e como), porque assim ele aprenderá que não há perfeição em nenhum lugar, em nenhuma pessoa do mundo, e a mamãe é o primeiro mundo do filho.

Ser mãe é contar os dias no calendário para ver o filho crescer e ao mesmo tempo querer voltar no tempo para fazer tudo melhor do que fez, ter uma segunda chance.

Ser mãe é aprender que para nosso filho ser feliz, precisamos nos reencontrar como mulheres, pois somos os primeiros e mais importantes modelos de vida dele.

Ser mãe é ter um pouco mais de compreensão com a própria mãe.

Seja a mãe que consegue ser, mas sempre pautada em ser uma “Mãe suficientemente boa (Winnicott), que significa, prover o filho para que cresça e se desenvolva da melhor forma possível.