Tenho pensado muito sobre essa palavrinha ultimamente. Deve ser porque me peguei por muitas vezes sendo testada em relação a minha própria paciência e como toda boa psicóloga, gosto de pensar sobre as coisas e sou, muitas vezes, o ponto de partida para muitas reflexões.
Paciência, sem dúvida, é uma virtude! Através dela conseguimos estabelecer metas e superar obstáculos, ou mesmo diminuir nosso sofrimento diante de situações das quais não temos o controle (doenças, perdas, morte).
Contudo, muitas vezes confundimos paciência com comodismo: ”Tudo está sempre bom”, “Quando for o momento oportuno, tudo vai acontecer”, “Deus sabe o que faz”. Essas são frases muito utilizadas pelos “pacientes” (= quem tem paciência).
Por outro lado, atualmente o mundo pede agilidade, que façamos duas, três ou até mais coisas ao mesmo tempo, que nossos desejos sejam atendidos imediatamente, que possamos nos comunicar com vários lugares ao mesmo tempo, sendo a internet uma grande aliada nesses tempos modernos.
E assim vamos de casamento em casamento, de emprego em emprego, de amigos em amigos, e porque não, de terapeuta em terapeuta, diminuindo a tolerância, a paciência. Tudo é pra já, tudo é pra ontem!
Nossa, mas como encontrar um equilíbrio nessa tal de paciência? Não podemos querer tudo de imediato, mas também não podemos “deixar a vida me levar”, como diz Zeca Pagodinho? Não existe uma receita, uma resposta. E para tudo que não existe uma resposta, recorremos a reflexões.
Faça a sua! Por muitas vezes usamos a “paciência” para fugirmos às nossas responsabilidades em relação a nós mesmos, reprimimos o que sentimos, principalmente se forem sentimentos “não tão nobres”, como a raiva, a frustração, a dor, e engolimos sapos. E de sapo em sapo, nos sobrecarregamos de sentimentos, que embora naturais, são negativos e o que sobra senão pessoas acomodadas, amarguradas, desmotivadas e até estressadas, pessoas com mais facilidade em adoecer tanto física quanto emocionalmente.
Seria neste caso, conforme Ambrose Bierce diz: “A paciência é uma forma menor de desespero, mascarada de virtude”? Ou ao contrário, não aguardamos o tempo natural das coisas. Muitas vezes alimentamos nossa ansiedade em resolver as coisas o mais rápido possível, principalmente as coisas externas, quando na verdade, temos urgência em nos livrar das pressões internas, daquelas que nós mesmos criamos: regras, expectativas, compromissos; e não temos o cuidado (ou a paciência) em avaliar se o que queremos, planejamos é real, é possível, e como resultado vem a frustração.
Quando “perdemos um tempo” para nos conhecermos, para nos enxergarmos e aos outros também, ganhamos nos resultados finais, naqueles que não vem de imediato, mas que são mais duradouros, assim não perdemos a paciência (o controle), porque respeitamos nossos limites e os dos outros.
E então, compreenderemos mais profundamente o trecho a seguir da Oração da Serenidade, de Reinhold Niebuhr:
“Daí-me forças, Senhor, para mudar as coisas que podem e devem ser mudadas; paciência para suportar as coisas que não podem; e, sobretudo, sabedoria para discernir umas das outras”.
Busque se conhecer e, se preciso, busque ajuda com um psicólogo!
PACIÊNCIA
Tenho pensado muito sobre essa palavrinha ultimamente. Deve ser porque me peguei por muitas vezes sendo testada em relação a minha própria paciência e como toda boa psicóloga, gosto de pensar sobre as coisas e sou, muitas vezes, o ponto de partida para muitas reflexões.
Paciência, sem dúvida, é uma virtude! Através dela conseguimos estabelecer metas e superar obstáculos, ou mesmo diminuir nosso sofrimento diante de situações das quais não temos o controle (doenças, perdas, morte).
Contudo, muitas vezes confundimos paciência com comodismo: ”Tudo está sempre bom”, “Quando for o momento oportuno, tudo vai acontecer”, “Deus sabe o que faz”. Essas são frases muito utilizadas pelos “pacientes” (= quem tem paciência).
Por outro lado, atualmente o mundo pede agilidade, que façamos duas, três ou até mais coisas ao mesmo tempo, que nossos desejos sejam atendidos imediatamente, que possamos nos comunicar com vários lugares ao mesmo tempo, sendo a internet uma grande aliada nesses tempos modernos.
E assim vamos de casamento em casamento, de emprego em emprego, de amigos em amigos, e porque não, de terapeuta em terapeuta, diminuindo a tolerância, a paciência. Tudo é pra já, tudo é pra ontem!
Nossa, mas como encontrar um equilíbrio nessa tal de paciência? Não podemos querer tudo de imediato, mas também não podemos “deixar a vida me levar”, como diz Zeca Pagodinho? Não existe uma receita, uma resposta. E para tudo que não existe uma resposta, recorremos a reflexões.
Faça a sua! Por muitas vezes usamos a “paciência” para fugirmos às nossas responsabilidades em relação a nós mesmos, reprimimos o que sentimos, principalmente se forem sentimentos “não tão nobres”, como a raiva, a frustração, a dor, e engolimos sapos. E de sapo em sapo, nos sobrecarregamos de sentimentos, que embora naturais, são negativos e o que sobra senão pessoas acomodadas, amarguradas, desmotivadas e até estressadas, pessoas com mais facilidade em adoecer tanto física quanto emocionalmente.
Seria neste caso, conforme Ambrose Bierce diz: “A paciência é uma forma menor de desespero, mascarada de virtude”? Ou ao contrário, não aguardamos o tempo natural das coisas. Muitas vezes alimentamos nossa ansiedade em resolver as coisas o mais rápido possível, principalmente as coisas externas, quando na verdade, temos urgência em nos livrar das pressões internas, daquelas que nós mesmos criamos: regras, expectativas, compromissos; e não temos o cuidado (ou a paciência) em avaliar se o que queremos, planejamos é real, é possível, e como resultado vem a frustração.
Quando “perdemos um tempo” para nos conhecermos, para nos enxergarmos e aos outros também, ganhamos nos resultados finais, naqueles que não vem de imediato, mas que são mais duradouros, assim não perdemos a paciência (o controle), porque respeitamos nossos limites e os dos outros.
E então, compreenderemos mais profundamente o trecho a seguir da Oração da Serenidade, de Reinhold Niebuhr:
“Daí-me forças, Senhor, para mudar as coisas que podem e devem ser mudadas; paciência para suportar as coisas que não podem; e, sobretudo, sabedoria para discernir umas das outras”.
Busque se conhecer e, se preciso, busque ajuda com um psicólogo!
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