Orientação Vocacional: como evitar frustrações com o autoconhecimento
Se tem algo que aflige os jovens de hoje em dia é a pressão de vislumbrar um futuro profissional, ao mesmo tempo em que encerra um ciclo tão formador quanto o Ensino Médio. A chave para evitar frustrações e casos de ansiedade nesse período pode ser o que chamamos de Orientação Vocacional.
Toda essa situação se tornou um poderoso dilema, na medida em que foi promovida uma idealização da “carreira permanente”.
Além disso, estamos presenciando um momento muito particular da história do nosso país e do mundo, em que muitos indivíduos tiveram que fazer essas escolhas em isolamento, em meio a uma crise de saúde e financeira.
Tudo isso foi responsável por adicionar camadas à escolha de uma carreira pelos jovens de hoje em dia, mas engana-se quem acredita que a Orientação Vocacional possa ser um instrumento importante apenas para essa geração.
Afinal, essa ideia de que a escolha por uma determinada área ou profissão é algo imutável e definitivo também é motivo de arrependimento e angústia para muitos adultos.
Por isso, a Orientação Vocacional não é apenas um ótimo processo para escolha de profissão para jovens, como também tem beneficiado muitos adultos que buscam pela troca de suas carreiras.
Entretanto, na função de psicólogos e terapeutas, ainda temos a missão de difundir essa atividade que é pouco conhecida em nosso país. Pois, com ela, é possível ajudar muitas pessoas a encontrar o suporte e esclarecimento que podem ser o amparo tão necessário para a manutenção da saúde mental.
Mas como a Orientação Vocacional funciona?
Muitos ainda devem ter em seus imaginários a ideia de Orientação Vocacional como os testes e questionários de profissão, muito comuns na internet.
Através deles, chegamos a quais seriam, teoricamente, a escolha ideal de profissão ou área para o indivíduo, baseada em algumas dezenas de perguntas sobre interesses e aptidões.
Porém, não se engane, Orientação Vocacional não é uma fórmula mágica que fornece um resultado absoluto ao fim das sessões.
O objetivo da Orientação Vocacional é ajudar o indivíduo a tomar as próprias decisões sobre o futuro profissional. É um processo de autoconhecimento, um esclarecimento de ideias que devolve a autonomia de escolha à pessoa.
Isso porque, não nascemos com nossa vocação e aptidões pré-definidas. Nós a construímos subjetivamente com a nossa interação com o mundo e com os outros.
Assim, grande parte da Orientação Vocacional não é voltada para identificar nossa identidade profissional, propriamente dita. Mas, sim, na consciência de nossas características de personalidade, que são o ponto de partida para construirmos nossa identidade profissional.
Orientação vocacional e autoconhecimento
Quando tratamos sobre as dificuldades na escolha de uma carreira, no fim estamos falando sobre os impedimentos da indecisão.
Para isso, não existe solução simples! E sim métodos que são propostos para ajudar o indivíduo compreenda quais são suas próprias áreas de interesse.
Nesse sentido, é um processo de autoconhecimento. Identifique forças e aptidões, delimite quais delas estão à disposição para serem utilizadas no trabalho.
E essa delimitação é importante para que a nossa carreira nunca esteja em sobreposição dos nossos interesses e da nossa personalidade, no sentido de gerar angústias e insatisfações.
Os benefícios da Orientação Vocacional
Se um dos objetivos da Orientação Vocacional é o autoconhecimento, o principal benefício dessa prática é a autonomia.
E por mais que a experiência de vida e a idade sejam partes importantes do processo — o que justifica as dificuldades dos jovens neste âmbito —, ela não é garantia de autonomia.
Assim, o trabalho de um especialista com adultos também é muito produtivo, gerando reflexões que anteriormente foram privadas.
De maneira geral, um psicólogo capacitado consegue ajudar quem está do outro lado das sessões. oferecendo as ferramentas necessárias para que este comece a traçar um objetivo e o plano para alcançá-lo.
Entretanto, a função de um psicólogo não interfere no benefício da autonomia. E, sim, constitui um outro benefício importante da Orientação Vocacional: o de instrução e aconselhamento.
Perspectivas do processo
Como eu citei anteriormente, Orientação Vocacional vai muito além daqueles testes que estão disponíveis na internet. Isso porque, tais testes desconsideram um dos mais importantes pilares da psicologia: o de contexto e vivência pessoal.
A aplicação de testes pode ser uma ferramenta, mas nunca um resultado completo. Afinal, o processo de Orientação Vocacional é feito progressivamente e com um contexto amplo, levando em conta mudanças da sociedade e realidades socioeconômicas.
Por isso, deve-se dar espaço ao indivíduo, para que, ao longo das sessões, ele tenha o tempo necessário de manifestar suas preocupações e ansiedades, processando-os em momentos de reflexão e esclarecimento.
Só então ele pode elaborar o seu plano vocacional, definindo sua escolha e identificando os obstáculos em sua vida que o impediram de fazê-la.
Mais do que a escolha de uma profissão, a Orientação Vocacional pode auxiliar o indivíduo a adaptar-se à vida.
Orientação Vocacional: como evitar frustrações com o autoconhecimento
Se tem algo que aflige os jovens de hoje em dia é a pressão de vislumbrar um futuro profissional, ao mesmo tempo em que encerra um ciclo tão formador quanto o Ensino Médio. A chave para evitar frustrações e casos de ansiedade nesse período pode ser o que chamamos de Orientação Vocacional.
Toda essa situação se tornou um poderoso dilema, na medida em que foi promovida uma idealização da “carreira permanente”.
Além disso, estamos presenciando um momento muito particular da história do nosso país e do mundo, em que muitos indivíduos tiveram que fazer essas escolhas em isolamento, em meio a uma crise de saúde e financeira.
Tudo isso foi responsável por adicionar camadas à escolha de uma carreira pelos jovens de hoje em dia, mas engana-se quem acredita que a Orientação Vocacional possa ser um instrumento importante apenas para essa geração.
Afinal, essa ideia de que a escolha por uma determinada área ou profissão é algo imutável e definitivo também é motivo de arrependimento e angústia para muitos adultos.
Por isso, a Orientação Vocacional não é apenas um ótimo processo para escolha de profissão para jovens, como também tem beneficiado muitos adultos que buscam pela troca de suas carreiras.
Entretanto, na função de psicólogos e terapeutas, ainda temos a missão de difundir essa atividade que é pouco conhecida em nosso país. Pois, com ela, é possível ajudar muitas pessoas a encontrar o suporte e esclarecimento que podem ser o amparo tão necessário para a manutenção da saúde mental.
Mas como a Orientação Vocacional funciona?
Muitos ainda devem ter em seus imaginários a ideia de Orientação Vocacional como os testes e questionários de profissão, muito comuns na internet.
Através deles, chegamos a quais seriam, teoricamente, a escolha ideal de profissão ou área para o indivíduo, baseada em algumas dezenas de perguntas sobre interesses e aptidões.
Porém, não se engane, Orientação Vocacional não é uma fórmula mágica que fornece um resultado absoluto ao fim das sessões.
O objetivo da Orientação Vocacional é ajudar o indivíduo a tomar as próprias decisões sobre o futuro profissional. É um processo de autoconhecimento, um esclarecimento de ideias que devolve a autonomia de escolha à pessoa.
Isso porque, não nascemos com nossa vocação e aptidões pré-definidas. Nós a construímos subjetivamente com a nossa interação com o mundo e com os outros.
Assim, grande parte da Orientação Vocacional não é voltada para identificar nossa identidade profissional, propriamente dita. Mas, sim, na consciência de nossas características de personalidade, que são o ponto de partida para construirmos nossa identidade profissional.
Orientação vocacional e autoconhecimento
Quando tratamos sobre as dificuldades na escolha de uma carreira, no fim estamos falando sobre os impedimentos da indecisão.
Para isso, não existe solução simples! E sim métodos que são propostos para ajudar o indivíduo compreenda quais são suas próprias áreas de interesse.
Nesse sentido, é um processo de autoconhecimento. Identifique forças e aptidões, delimite quais delas estão à disposição para serem utilizadas no trabalho.
E essa delimitação é importante para que a nossa carreira nunca esteja em sobreposição dos nossos interesses e da nossa personalidade, no sentido de gerar angústias e insatisfações.
Os benefícios da Orientação Vocacional
Se um dos objetivos da Orientação Vocacional é o autoconhecimento, o principal benefício dessa prática é a autonomia.
E por mais que a experiência de vida e a idade sejam partes importantes do processo — o que justifica as dificuldades dos jovens neste âmbito —, ela não é garantia de autonomia.
Assim, o trabalho de um especialista com adultos também é muito produtivo, gerando reflexões que anteriormente foram privadas.
De maneira geral, um psicólogo capacitado consegue ajudar quem está do outro lado das sessões. oferecendo as ferramentas necessárias para que este comece a traçar um objetivo e o plano para alcançá-lo.
Entretanto, a função de um psicólogo não interfere no benefício da autonomia. E, sim, constitui um outro benefício importante da Orientação Vocacional: o de instrução e aconselhamento.
Perspectivas do processo
Como eu citei anteriormente, Orientação Vocacional vai muito além daqueles testes que estão disponíveis na internet. Isso porque, tais testes desconsideram um dos mais importantes pilares da psicologia: o de contexto e vivência pessoal.
A aplicação de testes pode ser uma ferramenta, mas nunca um resultado completo. Afinal, o processo de Orientação Vocacional é feito progressivamente e com um contexto amplo, levando em conta mudanças da sociedade e realidades socioeconômicas.
Por isso, deve-se dar espaço ao indivíduo, para que, ao longo das sessões, ele tenha o tempo necessário de manifestar suas preocupações e ansiedades, processando-os em momentos de reflexão e esclarecimento.
Só então ele pode elaborar o seu plano vocacional, definindo sua escolha e identificando os obstáculos em sua vida que o impediram de fazê-la.
Mais do que a escolha de uma profissão, a Orientação Vocacional pode auxiliar o indivíduo a adaptar-se à vida.
Por Shirley Miguel
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