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26 de dezembro de 2020 jonas 0 Comentários

MOMENTOS DECISIVOS

Este artigo foi inspirado em nossa Copa, na qual diversos comentários em jornais escritos ou televisivos destacaram o emocional de nossos jogadores, porém serve para muitos outros momentos decisivos de nossa vida.

Em uma breve introdução, é importante lembrar que o Brasil está apenas engatinhando nos investimentos e valorização da Psicologia, ciência que estuda a mente, as emoções, a cognição e pode ser aplicada em diversos contextos. Conhecemos mais a “psicologia de autoajuda”, aquela que nos promete controle total da vida, das situações, das emoções, dos problemas, sem limites, sem emoções negativas, sem fracassos.

Ouvi uma entrevista recentemente na qual um conhecido e popular ex-jogador questionava a necessidade de uma psicóloga trabalhando junto com a seleção brasileira, disse que o Brasil apenas precisava de bola no pé, mal sabia ele que se há um problema com nossas seleções em todos os tempos, é o controle emocional, a baixa autoestima.

A Copa do Brasil é um momento único que, possivelmente, não se repetirá tão cedo, então carregar o peso dessa responsabilidade é normal, faz parte do show. Os jogadores, mesmo profissionais, são seres humanos e que precisam cada vez mais aprender a abrir mão de sua baixa autoestima cultural para assumir um posto de coragem diante de muralhas no gol, de árbitros desatentos ou torcidas que os vaiam quando não jogam tão bem.

Frase clichê, que desconheço autoria, mas profunda, é que ”tudo que é exagerado faz mal”, seja alegria, autoconfiança ou medo e tristeza. Todos os sentimentos e emoções são legítimos, mas devem estar do tamanho proporcional ao fato, ao momento e as consequências. E controlar as emoções não significa não sentí-las, mas não deixá-las nos cegar, nos paralisar, sermos impulsivos.

Podemos sentir, nos emocionar e mesmo assim, não perder as oportunidades nos momentos decisivos de nossa vida. Perdendo ou ganhando em nossa vida, devemos continuar lutando com garra, por vezes aprendendo com os erros e perdas, por vezes reconhecendo nosso alto valor (isso não é arrogância).

São vencedores aqueles que continuam, aqueles que são como os sapinhos da história abaixo:

“Era uma vez uma corrida de sapinhos. A missão de cada um era subir uma grande torre. Do chão, havia uma multidão. Quando começou a competição, em uníssono, o público gritava: – Não vão conseguir, não vão conseguir! Com tanto estímulo, os sapinhos começaram a desistir um a um – exceto um deles que continuava subindo, apesar da torcida contra. Quanto mais ele subia, mais a multidão gritava: – Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir! E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranqüilo, sem esforços. Ao final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele. Todos queriam saber o que aconteceu. Quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era surdo.”

Para isso é que a Psicóloga da seleção está lá, tentando quebrar junto com eles paradigmas antigos, resquícios de um Brasil explorado, cheio de preconceitos e que ainda não aprendeu a ser firme diante de suas grandes decisões. E seu emocional, como está?

Invista em você!

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