Luto e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): aplicações e benefícios
O luto é algo que cada indivíduo vivencia de uma maneira única, mas da qual nenhum de nós é capaz de escapar. Mais do que um simples sofrimento, o luto é uma resposta ao difícil rompimento de um vínculo afetivo, o qual nem todo mundo está preparado para enfrentar sozinho.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é comprovadamente eficaz no tratamento de diversos transtornos psiquiátricos. Porém, devido a sua abordagem completa e personalizada, ela também é capaz de cumprir um papel fundamental no trabalho do luto seja ele dentro do espectro normal ou rumo ao patológico.
Assim, a TCC oferece um grande diferencial no tratamento individual de pacientes enlutados, proporcionando uma readaptação à vida. Para alcançar esse objetivo, as técnicas focam em evitar gatilhos prejudiciais e implementar processos graduais de retomada ou melhoria de hábitos que o luto tenha alterado.
Continue lendo e saiba mais sobre como a TCC atua sobre o luto. E o como os últimos anos foram responsáveis por mudar a nossa abordagem desse processo.
O contexto inesperado da pandemia
Os reflexos da pandemia que vivemos desde 2020 ainda são percebidos na sociedade diariamente. Afinal, ninguém estava preparado para o contexto que tivemos que viver na mídia, nas nossas interações sociais e em nossos lares.
As mais de 680 mil vítimas em nosso país deixaram um vazio na vida de incontáveis famílias. As condições de isolamento e o sentimento de impotência agravaram o luto coletivo vivido pela nossa sociedade.
Assim, geraram-se casos em que a construção de sentido e aceitação da morte não foram bem trabalhados ou processados. Os traumas se somaram ao quadro de sofrimento que estávamos vivenciando e adicionaram peso extra ao luto.
Luto e negação
Dessa forma, uma das estratégias que o nosso psicológico utiliza para lidar com o luto, a de negação, se tornou ainda mais presente nos últimos tempos.
A necessidade de expressar afeto e condolências de maneira virtual, a impossibilidade de realizar rituais tradicionais e o enfrentamento de mais perdas do que o normal contribuem para que os sintomas vinculados à negação e à repressão da perda se tornem cada vez mais frequentes.
Mais que isso, essa negação pode levar a um processo de luto irracional, mal adaptativo e que pode se agravar em uma forma de transtorno depressivo.
O luto e a depressão: a importância do acompanhamento clínico
Um profissional qualificado pode auxiliar na reorganização da vida do paciente e na remissão de sintomas provocados pelo processo de luto.
Além disso, o acompanhamento clínico se faz essencial! Uma vez que os sintomas do luto podem provocar um sofrimento prolongado para o indivíduo e gerar quadros de depressão.
Afinal, insônia, esgotamento físico e emocional, perda de apetite, dores de cabeça e, em certos casos, ideações suicidas fazem parte tanto do processo de luto quanto do transtorno depressivo.
Dessa forma, saber elaborar estratégias de aceitação e distinguir a tristeza característica de um luto regular de algo que extrapola para o que é considerado patológico é fundamental para auxiliar no trabalho de enfrentamento desempenhado pelo indivíduo.
No fim, o objetivo do acompanhamento clínico como um todo é fazer com que o paciente seja capaz de superar obstáculos e dificuldades. Para que eles não se tornem incapacitantes ou patológicos na vida do indivíduo.
TCC e o processo do luto
Conforme os estudos da TCC, os processos cognitivos do paciente estão diretamente correlacionados com os sintomas que ele relata.
Dessa maneira, quanto mais disfuncionais são as emoções e o sofrimento, mais isto se encontra enraizado em pensamentos irracionais que o paciente nutre sobre o contexto da perda de um ente querido.
Assim, ao longo das sessões propostas, trabalha-se na identificação, dentro do histórico de luto, de todos os pensamentos automáticos e disfuncionais que o indivíduo reproduz. Esses pensamentos passam a ser considerados crenças.
Assim, com essa compreensão do contexto, é possível dar início ao tratamento e a readaptação do paciente. Através da empatia e da adequação ao ritmo do paciente, é possível assisti-lo ao longo do processo.
Os benefício da TCC nesse processo
Quando focamos o trabalho da terapia para o tratamento do luto, conseguimos obter diversos benefícios para o bem-estar e a retomada de uma rotina saudável do indivíduo.
Assim, podemos listar como benefícios da TCC para esse processo:
A reformulação de pensamentos disfuncionais em relação ao luto;
A compreensão do curso natural do luto e como superar seus obstáculos;
O aprendizado de habilidades cognitivas e comportamentais, capazes de facilitar a readaptação a sua rotina após a perda;
Resolução de problemas ruminantes;
Compreensão da importância do luto em meio aos nossos papéis sociais.
Logo, com as estratégias da TCC, espera-se que o indivíduo tenha uma significativa melhora na interpretação do evento morte e do seu processo de luto.
Mais do que um guia ao longo do processo, o psicólogo promove a reestruturação de crenças e atua como principal assistência a quem mais sofre: aqueles que ficam.
Luto e Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): aplicações e benefícios
O luto é algo que cada indivíduo vivencia de uma maneira única, mas da qual nenhum de nós é capaz de escapar. Mais do que um simples sofrimento, o luto é uma resposta ao difícil rompimento de um vínculo afetivo, o qual nem todo mundo está preparado para enfrentar sozinho.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é comprovadamente eficaz no tratamento de diversos transtornos psiquiátricos. Porém, devido a sua abordagem completa e personalizada, ela também é capaz de cumprir um papel fundamental no trabalho do luto seja ele dentro do espectro normal ou rumo ao patológico.
Assim, a TCC oferece um grande diferencial no tratamento individual de pacientes enlutados, proporcionando uma readaptação à vida. Para alcançar esse objetivo, as técnicas focam em evitar gatilhos prejudiciais e implementar processos graduais de retomada ou melhoria de hábitos que o luto tenha alterado.
Continue lendo e saiba mais sobre como a TCC atua sobre o luto. E o como os últimos anos foram responsáveis por mudar a nossa abordagem desse processo.
O contexto inesperado da pandemia
Os reflexos da pandemia que vivemos desde 2020 ainda são percebidos na sociedade diariamente. Afinal, ninguém estava preparado para o contexto que tivemos que viver na mídia, nas nossas interações sociais e em nossos lares.
As mais de 680 mil vítimas em nosso país deixaram um vazio na vida de incontáveis famílias. As condições de isolamento e o sentimento de impotência agravaram o luto coletivo vivido pela nossa sociedade.
Assim, geraram-se casos em que a construção de sentido e aceitação da morte não foram bem trabalhados ou processados. Os traumas se somaram ao quadro de sofrimento que estávamos vivenciando e adicionaram peso extra ao luto.
Luto e negação
Dessa forma, uma das estratégias que o nosso psicológico utiliza para lidar com o luto, a de negação, se tornou ainda mais presente nos últimos tempos.
A necessidade de expressar afeto e condolências de maneira virtual, a impossibilidade de realizar rituais tradicionais e o enfrentamento de mais perdas do que o normal contribuem para que os sintomas vinculados à negação e à repressão da perda se tornem cada vez mais frequentes.
Mais que isso, essa negação pode levar a um processo de luto irracional, mal adaptativo e que pode se agravar em uma forma de transtorno depressivo.
O luto e a depressão: a importância do acompanhamento clínico
Um profissional qualificado pode auxiliar na reorganização da vida do paciente e na remissão de sintomas provocados pelo processo de luto.
Além disso, o acompanhamento clínico se faz essencial! Uma vez que os sintomas do luto podem provocar um sofrimento prolongado para o indivíduo e gerar quadros de depressão.
Afinal, insônia, esgotamento físico e emocional, perda de apetite, dores de cabeça e, em certos casos, ideações suicidas fazem parte tanto do processo de luto quanto do transtorno depressivo.
Dessa forma, saber elaborar estratégias de aceitação e distinguir a tristeza característica de um luto regular de algo que extrapola para o que é considerado patológico é fundamental para auxiliar no trabalho de enfrentamento desempenhado pelo indivíduo.
No fim, o objetivo do acompanhamento clínico como um todo é fazer com que o paciente seja capaz de superar obstáculos e dificuldades. Para que eles não se tornem incapacitantes ou patológicos na vida do indivíduo.
TCC e o processo do luto
Conforme os estudos da TCC, os processos cognitivos do paciente estão diretamente correlacionados com os sintomas que ele relata.
Dessa maneira, quanto mais disfuncionais são as emoções e o sofrimento, mais isto se encontra enraizado em pensamentos irracionais que o paciente nutre sobre o contexto da perda de um ente querido.
Assim, ao longo das sessões propostas, trabalha-se na identificação, dentro do histórico de luto, de todos os pensamentos automáticos e disfuncionais que o indivíduo reproduz. Esses pensamentos passam a ser considerados crenças.
Assim, com essa compreensão do contexto, é possível dar início ao tratamento e a readaptação do paciente. Através da empatia e da adequação ao ritmo do paciente, é possível assisti-lo ao longo do processo.
Os benefício da TCC nesse processo
Quando focamos o trabalho da terapia para o tratamento do luto, conseguimos obter diversos benefícios para o bem-estar e a retomada de uma rotina saudável do indivíduo.
Assim, podemos listar como benefícios da TCC para esse processo:
Logo, com as estratégias da TCC, espera-se que o indivíduo tenha uma significativa melhora na interpretação do evento morte e do seu processo de luto.
Mais do que um guia ao longo do processo, o psicólogo promove a reestruturação de crenças e atua como principal assistência a quem mais sofre: aqueles que ficam.
Por Shirley Miguel
Categorias
Pesquisar
Posts Populares
Casamento desgastado: o que fazer?
15 de maio de 2024Como superar o fim do casamento?
16 de abril de 2024Por Que os Casais se Separam?
28 de março de 2024Instagram Feeds
shirleymiguelpsicologa