Comida fast food, amigos fast food, relacionamentos fast food, dieta fast food, espiritualidade fast food e até terapia fast food!
Não, o termo norte-americano Fast Food não é mais apenas utilizado para alimentação rápida, prática e barata. Agora, tudo é passível de ser Fast Food. A nossa mentalidade é Fast Food! Já reparou que não temos mais tolerância para esperar?
Um dia desses estava na fila de um banco e uma pessoa disse para todos que queriam ouvir e se identificar: – “O Brasil não vai para frente, porque tem filas”. Outro dia, numa fila quilométrica no supermercado, reparei como as pessoas não suportam a espera. Algumas deixam seus carrinhos na fila, enquanto terminam suas compras.
Vejo nas revistas de celebridades, que os casamentos duram apenas até a primeira dificuldade ou até que surja alguém mais interessante. Amigos, só são legais quando estão legais ou nos servem de alguma forma.
E a terapia, então, o quanto escuto de alguns pacientes que querem resultados rápidos, respostas prontas e imediatas, e se isso não acontece, não pensam duas vezes em “sumir” ou em procurar outro profissional, outra abordagem mais rápida e prática. E absurdamente, ando vendo profissionais prometendo isso mesmo. Tudo isso com um discurso bem convincente que o hoje o mundo não pára e que o esperar é, na verdade, ficar para trás.
Sou uma pessoa que gosta de resultados, gosto de planejar e realizar e às vezes, tenho pressa. Sim, psicólogo também tem das suas “pressas”, mas tenho refletido muito sobre essa pressa danada, que por vezes, nos faz pular etapas, pular amadurecimento e não “curtir o caminho”.
Percebo que quando eu andava de ônibus, sabia esperar mais. Conhecia algumas pessoas que via todos os dias no ponto de ônibus; Me lembro que o almoço e o jantar eram preparados quase que diariamente, quanto mais elaborado, mais demorava o preparo. Cada detalhe era importante e havia prazer nisso; Na escola aprendíamos a plantar feijão no algodão e a observar todo o processo, sem pressa. Aparecia um brotinho pequeninho, ía crescendo e depois apareciam os carocinhos de feijão.
E os amigos, então! Como não tinha internet, tudo era por pessoalmente, no máximo por telefone e dependendo da distância, por carta. E era uma ansiedade boa aguardar uma carta. A reflexão é essa: Levamos anos cultivando nossos problemas, medos, personalidade e sonhos, mas queremos mudar tudo num passe de mágica, queremos ser servidos “dentro de casa”, sem esforço algum e com alto grau de satisfação (princípio do prazer).
Estamos terceirizando a nossa felicidade! Não é a toa, que alguns percebendo as perdas da mentalidade fast food, tem ído para o oposto, surgindo os movimentos slow food (“comida lenta”).
Não vamos perder a oportunidade de viver uma vida plena, respeitando nossos limites, tempo, amadurecimento, e claro, os dos outros. Aprendendo que nem sempre o esperar é perda de tempo. Talvez seja na espera que possamos aprender as coisas mais belas. Que possamos saborear, não apenas comer!
MENTALIDADE FAST FOOD
Comida fast food, amigos fast food, relacionamentos fast food, dieta fast food, espiritualidade fast food e até terapia fast food!
Não, o termo norte-americano Fast Food não é mais apenas utilizado para alimentação rápida, prática e barata. Agora, tudo é passível de ser Fast Food. A nossa mentalidade é Fast Food! Já reparou que não temos mais tolerância para esperar?
Um dia desses estava na fila de um banco e uma pessoa disse para todos que queriam ouvir e se identificar: – “O Brasil não vai para frente, porque tem filas”. Outro dia, numa fila quilométrica no supermercado, reparei como as pessoas não suportam a espera. Algumas deixam seus carrinhos na fila, enquanto terminam suas compras.
Vejo nas revistas de celebridades, que os casamentos duram apenas até a primeira dificuldade ou até que surja alguém mais interessante. Amigos, só são legais quando estão legais ou nos servem de alguma forma.
E a terapia, então, o quanto escuto de alguns pacientes que querem resultados rápidos, respostas prontas e imediatas, e se isso não acontece, não pensam duas vezes em “sumir” ou em procurar outro profissional, outra abordagem mais rápida e prática. E absurdamente, ando vendo profissionais prometendo isso mesmo. Tudo isso com um discurso bem convincente que o hoje o mundo não pára e que o esperar é, na verdade, ficar para trás.
Sou uma pessoa que gosta de resultados, gosto de planejar e realizar e às vezes, tenho pressa. Sim, psicólogo também tem das suas “pressas”, mas tenho refletido muito sobre essa pressa danada, que por vezes, nos faz pular etapas, pular amadurecimento e não “curtir o caminho”.
Percebo que quando eu andava de ônibus, sabia esperar mais. Conhecia algumas pessoas que via todos os dias no ponto de ônibus; Me lembro que o almoço e o jantar eram preparados quase que diariamente, quanto mais elaborado, mais demorava o preparo. Cada detalhe era importante e havia prazer nisso; Na escola aprendíamos a plantar feijão no algodão e a observar todo o processo, sem pressa. Aparecia um brotinho pequeninho, ía crescendo e depois apareciam os carocinhos de feijão.
E os amigos, então! Como não tinha internet, tudo era por pessoalmente, no máximo por telefone e dependendo da distância, por carta. E era uma ansiedade boa aguardar uma carta. A reflexão é essa: Levamos anos cultivando nossos problemas, medos, personalidade e sonhos, mas queremos mudar tudo num passe de mágica, queremos ser servidos “dentro de casa”, sem esforço algum e com alto grau de satisfação (princípio do prazer).
Estamos terceirizando a nossa felicidade! Não é a toa, que alguns percebendo as perdas da mentalidade fast food, tem ído para o oposto, surgindo os movimentos slow food (“comida lenta”).
Não vamos perder a oportunidade de viver uma vida plena, respeitando nossos limites, tempo, amadurecimento, e claro, os dos outros. Aprendendo que nem sempre o esperar é perda de tempo. Talvez seja na espera que possamos aprender as coisas mais belas. Que possamos saborear, não apenas comer!
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